but Heaven is where Hell is..

sexta-feira, 18 de junho de 2010

"Uivemos, disse o cão"

- Hoje, sexta-feira, 18 de Junho, José Saramago faleceu às 12.30 horas na sua residência de Lanzarote, aos 87 anos de idade, em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma prolongada doença.

O escritor morreu estando acompanhado pela sua família, despedindo-se de uma forma serena e tranquila.


Fundação José Saramago
18 de Junho de 2010


E hoje ficámos mais pobres.




"Nascemos, e nesse momento é como se tivéssemos firmado um pacto para toda a vida, mas o dia pode chegar em que nos perguntemos: Quem assinou isto por mim"?


 

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Liberdade?


"Ouve o barulho a prometer a velocidade, onde todos vão comer, sorrir, amar sem ser verdade.
Já ninguém tem força para sair da ilusão, liberdade construindo uma prisão"

domingo, 13 de junho de 2010

Odeio-te.

=)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A(dormeço)cordo

É já de madrugada quando me deito, fecho os olhos e, cansado, tento adormecer.
Não consigo.
Ponho os phones nos ouvidos e ponho uma qualquer lista a tocar aleatoriamente para ver se ao menos ela me acalma a alma e me faz adormecer. A musica toca, mas não a ouço.
Sem efeito.
Penso. Penso muito. A minha cabeça dá voltas e voltas. A minha cabeça fica cansada até que acaba por dar de si e me deixa adormecer, com a música nos meus ouvidos a tocar sem ser ouvida.
Acordo enrolado nos fios. Atiro o ipod para o chão e viro-me.
Adormeço.
Acordo com frio. Cubro-me e consigo adormecer outra vez.
As almofadas estão baixas demais, Acordo.
Adormeço.
Acordo com calor. Descubro-me e faço força para adormecer.
As almofadas estão altas demais, Acordo.
Atiro com as almofadas para o chão e quero adormecer.
Antes de adormecer vejo as horas, 7 da manhã.
Adormeço já com a luz do sol a entrar-me pela janela.
Antes de adormecer busco as almofadas do chão.
Acabo de adormecer e toca o telemóvel "Tem 5 dias para carregar o telemóvel".
Atiro com o telemóvel para o chão.
Acordo com o frio no meu corpo. Penso em levantar-me e vestir qualquer coisa, mas a preguiça ganha.
Adormeço por fim.
Acorda e vai pôr a mesa - horas de levantar :|

São assim as minhas noites.
Apesar de cansado e com vontade de dormir há algo que não me deixa.
O que quer que seja, vai-te embora, sai daqui, deixa-me em paz.
Não quero não dormir contigo.



Strange things are happening to me

domingo, 6 de junho de 2010

Solta-te

Aquela tristeza de ontem continua hoje.
Não sei de onde veio ou até mesmo porque veio, mas a verdade é que ontem se instalou em mim um certo mau estar comigo mesmo.
Talvez até seja bom. Já há algum tempo que não me sentia assim.
Desta vez os motivos podem até ser diferentes.
Estou a exigir de mim mais, porque sei que valho mais, que consigo fazer mais.
Não sei o que se passa, sinto-me cansado, preso, lento a pensar, a executar. Sinto que tudo o que evolui este ano fora daqui o perdi agora que voltei.
-"solta-te". "abre o livro".
não estou a conseguir.
Secalhar por estar um pouco fora da minha zona de conforto, mas não é desculpa.
Uma certa frustração vem, invade-me e deixa-me assim, sem a minha alegria, sem a minha simpatia, sem vontade de continuar a fazê-lo.
Esta vila dá cabo de mim, não sei porquê.
Sim, estou a falar de futsal.
Sim, é aí que me distraio, que me alegro, que me posso sentir feliz e livre.
Não, não é o que tem acontecido.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

"amigos"

Hoje senti a revolta de pessoas próximas.
Hoje senti que não devo fazer mais esforços para fazer algo por alguém, que há sempre outras pessoas que vão levar a mal.
Quem dá por um lado, tira pelo outro, e eu dei conta disso.
A verdade é que nesta vila, sempre que alguém tenta fazer algo em condições há sempre quem seja do contra, secalhar um bocadinho mais do que devia, mas pronto.
Se preferirem apoiar outras pessoas, que são mais "amigas", tudo bem. Sim, amigas entre aspas, porque é isso que essas tais pessoas são, são amigas entre aspas, só.
Foda-se, não vou perder mais tempo, mais horas de estudo, mais dinheiro, mais nada para tentar fazer alguma coisa de jeito. Ou que pelo menos eu pensava que era.
Mas também é-me bem feito, para a próxima abro os olhos e não me meto onde não sou chamado.
Compreendo a situação das pessoas, assim como deviam compreender a minha.
Haja tomates para se falar do que se deve directamente e aí tiro o chapéu, mas secalhar foi já um bocado tarde.
Se não ganhar o torneio tass bem na mesma, batam palmas.
Se ganhar, batam palmas na mesma. Mas não me ponham na situação em que estão a tentar por.
Sei que provavelmente não deveria publicar isto, mas também não me interessa.
Este post não é direccionado a alguém em específico, mas é sim para eu saber com aquilo que conto das próximas vezes e dizer desde já: não vai haver próximas vezes.

terça-feira, 1 de junho de 2010

oh lua..

Existem momentos que nos fazem parar, olhar e por vezes pensar.
Hoje, quando ia a caminho de casa reparei na lua.
Há muito tempo que não reparava nela. Talvez há tempo de mais. De certeza.
Hoje parei e sentei-me nas escadas a ver a lua.
Estava bonita. Era branca, cheia. Cheia de luz, cheia de brilho.
A lua, apesar de viver na noite, brilha muito mais que o sol.
O sol apenas serve para nos aquecer.
A lua não.
A lua acolhe-nos, a lua ilumina o nosso caminho. A lua olha-nos e protege-nos quando caminhamos sós pela noite. A lua abraça-nos quando nos vê sozinhos, sentados num qualquer banco de jardim, num qualquer muro.
A lua inspira-nos.
Hoje, ao fim de muito tempo, olhei para a lua e la estava ela, como a mais bela das mulheres que sabe que está a ser observada mas que permanece como se nada à sua volta se passasse.
A última vez que me lembro de ter olhado a lua com olhos de ver também ia a caminho de casa, sozinho. Já faz alguns anos. Era ela que me acompanhava naquele percurso que tantos sentimentos despertava em mim.
A lua não quer que saibamos que nos está a ver.
Sem darmos conta, ela está lá a ver o que fazemos.
A lua já me viu sorrir.
A lua já me viu caminhar sozinho, sem sentido.
A lua já me viu chorar.
A lua já me viu fazer as piores figuras da minha vida.
A lua já me viu feliz.
A lua já me viu amar, muito.
A lua já me abraçou sem lhe pedir.
A lua já me beijou a testa quando mais precisei.
A lua já me viu viver e quase não ter vontade.
A lua já me viu perdido.
A lua já me ouviu. Já me olhou, já me cheiro, já me sentiu.
A lua já me fez sentir pequeno. A lua faz-me sentir pequeno.
Quando precisei, mesmo sem dar por isso, a lua esta(va) aqui, bem juntinha a mim, a iluminar-me, quando alguém me falta(va).
Temo que a lua não possa mais ver-me a fazer algumas destas coisas, mas vou procurar na lua aquilo que na minha ausência perdi e que quando a visitava ganhei.




My moon , my place, my home, my me.