but Heaven is where Hell is..

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

até p'ro ano

Ainda comecei a escrever, mas depressa me fartei de fazer um replay de 2010.
Como tal aqui ficam os meus votos de um Feliz 2011 junto de todos aqueles que mais gostamos
Que amanhã tenhamos uma grande festa, se possível junto de quem nos faz bem, de quem nos faz feliz.
Mas não se esqueçam, a seguir ao último dia do ano vem opiordiadoano !

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Uma história sem sujeito.

"numa tão banal tarde de Domingo, onde não se vive, onde apenas se existe, decide fugir de casa. Por instantes, o frio que faz lá fora traz a dúvida consigo, mas a vontade é mais forte. Vontade de abandonar o estado latente das tardes de Domingo e tirar um pouco de tempo para si, num qualquer lugar.
Sai de casa, entra no carro e dá à chave sem fazer a mínima ideia para onde vai ou o que vai fazer. Apenas tem uma certeza: não vai ninguém a seu lado. não fisicamente. 
Arranca.
Chegada a primeira rotunda, inconscientemente sai na segunda saída e continua o seu caminho, por onde o carro apenas movido a vontade própria conduz.
Nas duas rotundas seguintes sai na primeira e continua a subir, virando à direita um pouco mais à frente, culminando o seu caminho com uma pequena entrada à esquerda, que leva ao seu paraíso local.
O frio faz-se sentir nas rochas. Rochas já carregadas de tantas emoções e sentimentos.
Escolhe a mesma rocha de sempre e senta-se, saboreando a paisagem.
O vento, não tão gelado quanto o seu peito, voa em todos os sentidos, levando o seu cabelo, as suas palavras mudas e levando também um pouco da sua saúde.
Em frente, as águas calmas e cristalinas, reflectindo em si as árvores que a rodeiam, em pequenas ondas, fragmentando a sua imagem.
Levanta-se, dá dois passos em frente e olha para baixo, para o espelho de água e vê-se. Ironicamente, a sua imagem aparece-lhe fragmentada em pequenas ondas, como se de pequenos pedaços se tratasse.
Volta para o cimo da sua rocha, já tão carregada de momentos e pensa neles, vislumbrando-os um a um na sua cabeça, durante o tempo necessário. Pelo menos aqueles de que ainda se lembra.
Ao assistir àquele filme, apercebe-se que a sua maior aliada - a memória - afinal já não o é mais. Parece que esta também lhe foge em certas alturas, que não deixa lembrar-se de tudo o que quer, quando quer.
E fica o vazio. "Apenas o vazio que existe depois das coisas, para nos fazer duvidar que alguma vez existiram".
Encolhe-se, junta a cabeça aos joelhos e fecha os olhos enquanto vislumbra a paisagem do seu paraíso. 
E lembra-se que não quer esquecer."

Tristan La Cienega
 

sábado, 25 de dezembro de 2010

Uma história sem sujeito.

"depois de um dia bem cansativo, finalmente chega à sua cama. Deita-se, mas apesar do sono e do cansaço que lhe pesa em cima dos ombros já enfraquecidos, não lhe apetece dormir já. 
Deixa-se cair pelas almofadas e baixa os seus braços, inocentemente, parecendo também baixar a guarda por breves instantes. Não importa, está só no seu quarto. 
A seu lado a guitarra há já muito calada. Na sua cabeça memórias de um dia um tanto ou quanto diferente. Na sua vista as imagens circulam a mil à hora, não dando tréguas. As mais cruéis imagens surgem por entre as mais dóceis, sem sequer querer saber. 
Fecha os olhos com força, já lhe apetece querer dormir. 
Não consegue, mas fecha-os com mais força, enquanto as imagens continuam a passar deixando um rasto de exaustão.
E por fim adormece, no embalo do seu cobertor de veludo, na crueldade do que lhe é mostrado mesmo sem querer ver."

Tristan La Cienega

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

on christmas time.

Como não poderia deixar de ser, o tema do natal tem que ser abordado neste espaço.

Natal.
A época do ano em que todas as pessoas são amigas, onde as saudades apertam, a família se junta. Sei que amanhã vou acordar com um cheiro a fritos insuportável no meu quarto. Sei também que muito provavelmente o meu pequeno almoço vai ser um bolinho de bacalhau e quem sabe uma rabanada. Mas sei também que já não sinto o natal como antes.
Antes de mais, soube à pouquíssimo tempo que o pai natal não existe e que quem me traz as prendas são os meus familiares. Logo aqui começou a perder-se a magia do natal.
Depois, com o passar dos anos, reparei que todos os desejos e esperanças não passam disso mesmo. Tudo aquilo que se deseja no natal não passa de meras palavras levadas ao vento, que fica bem dizer numa qualquer sms pré-feita, que na maioria das vezes não é realmente sentida.
As prendas.
Quem não gosta de receber prendas e prendas. Mas a verdade é que cada vez mais dou valor aos presentes "sentimentais" em vez dos que são meramente materiais.
Não vou fazer uma lista de presentes que gostaria de receber amanhã.
Ou melhor, secalhar até vou:
- um abraço de cada uma das pessoas com as quais vou passar a tarde.
- momentos que fiquem na memória e que me façam dizer "estou feliz" (independentemente do tempo que durar)
- cumplicidades partilhadas, por muito que possam estar embebidas pelo vinho do porto.
- que a noite de 24 me surpreenda e me faça também feliz.
- que o tição me aqueça noite dentro, trazendo a mim a melancolia característica do espírito natalício, que me vai fazer querer derramar uma ou outra lágrima embriagada, mas que me vai também fazer rir desalmadamente de orgulho por aquilo que tenho, aquilo que construí.
- que quando chegue a casa, me deite sobre a almofada, me venham à memória todos os momentos dessa noite, que os lençóis me aconcheguem e me façam ter uma noite descansada.


 

Porque a música de natal escolhida por mim este ano é esta.
Não que tenha vontade de chorar, porque não tenho. Mas esta já é a eleita para música de natal desde há algum tempo para cá.

"Silent night, moonlit night
 Nothing's changed
 Nothing is right"

 Não vou desejar um bom natal, mas sim um FELIZ natal a todos os que me seguem (:


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Uma história sem sujeito.

19/12/10

"..na mesma varanda, com a mesma roupa casual de quem pouco importa o que vestir, lá está, pelo mesmo motivo, mas num dia diferente.
Por entre a chuva, e o frio, a casa está vazia de pessoas, despida de vida. Uma tão familiar música faz-se ouvir ao longe, tão longe quanto a memória. Ignora a música e entra naquele estado em que estar de olhos abertos ou cerrados tem exactamente o mesmo efeito. 
A mente vai longe e a vida é tão boa naquele momento. 
Por momentos tem a seu lado tudo aquilo do que sente falta. Pessoas. Lugares. Momentos. 
Deixa o seu estado de transe passageira e regressa à sua varanda com vista para nada. Pelo menos nada que importe. 
Revoltado com a injustiça de não poder desfrutar de uma vista minimamente agradável da sua varanda, encontra no céu o único ponto digno de ser olhado e apreciado.
Hoje o céu está estranho. As nuvens carregam a chuva miudinha de uma tarde de inverno, mas escondem o sol frio e triste que insiste em aparecer. 
E aparece. Mas não traz mais sentido ao dia, como tantas e tantas vezes é costume. Hoje o sol não brilhou da mesma maneira, porque hoje celebra-se o dia e o lugar onde jaz o seu coração."

Tristan La Cienega

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Uma história sem sujeito.

".. ao longe, na sombra de um acidental raio de sol, lá se encontra. Entre as refrescantes gotas de chuva e a leve brisa que passa e acaricia a sua cara, fazendo-lhe lembrar velhos momentos, talvez velhos de mais, mas que parecem presentes. Presentes amaldiçoados pela razão, vendidos pelo tempo, que passa. Passa e não se sente, a não ser pelas novas rugas na sua cara, a barba já velha, por fazer. Pelos olhos cansados de olhar mas não ver. Na varanda, entre as gotas de chuva e o fumo branco de um cigarro, os olhos olhavam mas não viam. Apenas o seu uso era constante, fazendo permanecer e aumentar o cansaço de não ver, mas de sentir. 
Já há muito que não sentia, e continua a não sentir, mas por entre um ou outro momento de fraqueza inconsciente, sente.
Sente momentaneamente, não com a intensidade de outrora. O sentimento vai-se quando a sua mente volta ao lugar onde pertence, para onde os seus olhos olham e vêem. 
Esse lugar é a sua cabeça, o seu eu, tão imperfeito quanto possa continuar a ser. 
O raio de sol é abraçado pelo nevoeiro, que o tapa e traz consigo a nostalgia de uma tarde carregada de nada, que lhe diz que continua vivo de corpo de alma (..)"

Tristan La Cienega

domingo, 5 de dezembro de 2010

Hoje preciso de mim.

Hoje não sei do que escrevo, mas sei porque escrevo.
Hoje não sei do que falo, mas sei porque o faço.
Apenas sei que hoje tinha de escrever, que hoje tinha de falar.
Desde o início de hoje que não sinto o frio da neve.
Desde o início de hoje que o meu pensamento foge para o abrigo ausente.
Hoje.
Hoje quero dormir e não sonhar. Hoje não quero sonhar com o que não devo sonhar.
O hoje que chegou trouxe memórias e esquecimentos.
Hoje fez chegar a mim tanta coisa boa.
Hoje fez chegar a mim tanta coisa má.

Hoje vou dormir, hoje vou não sonhar (mais).
Porque hoje é um não dia, uma não noite.

"Hoje preciso de um pois, preciso de um sim.
O que é que queres de mim, hoje sinto-me assim.

Hoje preciso de um pois, preciso de um sim.
O que é que queres de mim, hoje sinto-me assim.

Ecos de risos, sinfonias de gritos. Como sangue na barriga de mosquitos.

Hoje preciso de mim.

Mostra o teu jogo. Eu pago para ver"

sábado, 4 de dezembro de 2010

sveikinimai Maskaranhas!

porque estás mais longe do que aquilo que eu gostaria e é nestas alturas que as saudades batem mais, reservo aqui um espacinho no blog para te dar os Parabéns!
Fico triste por não estares aqui, perto daqueles que sempre te gostaram, mas sei que também estás bem e que essa experiência te está a fazer bem, rumo à aventura que tanto está presente na tua vida.
Sei que sabes que gostava de ter ido nessa aventura contigo e nesta altura estar ao teu lado, com uma cerveja na mão esquerda e com a mão direita ocupada, prolongando-se no braço em redor do teu pescoço, lado a lado, num abraço embriagado de sentimentos, memórias e algo mais.
Assim sendo e sabendo que neste momento o que contam são as palavras, escolho-as com cuidado, dizendo na mais simples das frases: tenho saudades tuas.
E porque a saudade só existe em português...

Grande abraço panisgão!                                                                                      Friends =)

sábado, 27 de novembro de 2010

Porque ser-se grande é(s)..

Queria escrever um texto como deve ser, como tu mereces, mas não está a dar!
Isto hoje não anda famoso, mas dado que alguém especial faz anos, tenho mesmo que escrever!
Alguém que provavelmente não virá aqui fazer uma visitinha porque não é das pessoas que mais gosta deste espaço.

Antes de mais PARABÉNS pelo aniversário. Que este seja um dia realmente tão grande como tu, perto daqueles que gostas e, mais importante ainda, que gostam de ti (e muito!).
Falo por todos, quando digo que és aquela pessoa especial, não só da comissão de festas, mas também a pessoa que trata de nos unir a todos, mesmo sem o saber.
A verdade é que provavelmente, se não fosses tu, não estávamos todos juntos metade das vezes que estamos, mas não é isso que importa. O importante aqui é que tu existes para nos fazeres felizes com a tua amizade e com tudo aquilo que nos dás.
Já lá vão alguns anos desde que te conheço. Anos esses repletos de momentos inesquecíveis, cheios de vivências marcantes que em muito ajudaram a ser aquilo que sou hoje.
Foram muitas as vezes em que me deste na cabeça (com ou sem razão!). Mais ainda foram as vezes em que me aconselhaste (e continuam a sê-lo).
Ficam na memória lembranças de quando éramos putos, inocentes. As nossas "aventuras" na escola, as festas, as conversas sobre tudo. As idas ao minérius, os aniversários sempre um tanto ou quanto animados de toda a gente...
Pedaços de muito, que se juntam e formam uma muralha de recordações.

Não te vou agradecer pela amizade, porque sei que não é preciso.
Vou sim pedir, ou melhor, exigir (!) que continuemos presentes na vida um do outro e que me continues a dar na cabeça por toda a merda que faça ou até mesmo pela que não faça. Que continues a dar-me dos teus conselhos quando ando meio perdido. Que me peças conselhos quando tu própria andares perdida.
Por aqui me fico que já estou atrasado para ir para a casa do segredos, para a qual fui convocado pela voz. Voz essa que me tem falado ao longo da minha vida e que me faz orgulhar de ter assim uma pessoa na minha vida :D
Nunca te esqueças a verdadeira amizade é aquela que o vento não leva e a distancia não separa. (tal como tem sido a nossa).

 cuz in my shoulders you can fly.




 és enorme!
Gosto de Ti Sarinha, best friend :D  <3 

terça-feira, 23 de novembro de 2010

OpiorDiaDoAno

olÁ!

Estava por aqui de passagem quando reparei no contador de acessos e vi que já tinha mais de 10000 visitas (epaahhh!)

Fico contente por ser acompanhado por quem aqui vem buscar um pedacinho de mim.

Obrigado a todos os que gostam de passear neste espaço e que se revêem nos meus textos..
Aquele abraço apertado a todos!

sábado, 20 de novembro de 2010

SkippY live @ insomnia

É madrugada de sexta. Como sempre, vou até ao café e antes de sair digo que vou chegar cedo a casa, deitar-me cedo, levantar-me cedo e ir à rua para aproveitar o pouco tempo que estou em casa.
Olhando para o relógio são 4:28H, o que quer dizer que não me vou deitar cedo. Que amanhã não vou acordar cedo e aproveitar o tempo em casa. Que não vou viver a minha vila, que sempre me acolheu e que eu não visito há algum tempo.
Não.
Em vez disso estou na cama, metade debaixo da roupa que me mantém quente, e outra metade fria.
Hoje não chove, não faz vento. Não passam carros ou pessoas. Não.
O sono não se tem dado muito bem comigo. Pelo menos não às horas em que deveria dar.
De dia ele vem, agarra-me e muitas vezes não me deixa separar dele. De noite ele foge e não me abraça, apesar de eu o chamar.
E eu vagueio.
A minha cabeça vagueia, bem mais do que gostaria.
O meu pensamento corre mundo, e também não se cansa.
Pedaços de memórias vêm a mim, fragmentadas pela distância e pelo tempo, mas memórias que tento manter vivas dentro de mim, para que não sejam esquecidas. Não por completo.
Memórias boas, más. Memórias de infância, de adolescente. Memórias de ontem, de hoje.
Algumas delas sou eu que insisto que saiam, para bem longe, mas elas voltam.
Afinal não controlo tudo em mim.
A noite cai e com ela vem a melancolia dos factores que ela traz nesta altura.
A noite, a chuva. O vento lá fora.
A água a cair nas caleiras, o vento a soprar e a querer entrar a toda a força no meu quarto, que sabe para me levar. Ou porque não para me "lavar" ?

Calço os meus chinelos frios e levanto-me.
Vou à casa de banho e passo pelo espelho. Vejo o meu cabelo despenteado, a barba por fazer, o pijama desalinhado do meu corpo e reparo nos meus olhos.
Escondidos por detrás dos óculos, lá estão. E com eles as olheiras características desta hora da noite ou até mesmo de todas as horas do dia.
Levanto os óculos, aproximo-me do espelho e vejo mais de perto.
Hoje os meus olhos são maioritariamente pretos, com um pequeno contorno de verde, mas pouco.
A parte branca está vermelha.
Afasto-me e sigo caminho. Volto à cama, termino o texto e tento não pensar.
Tento apenas descansar estes olhos que se mostram cansados, muito embora não os tenha forçado demais. Até tenho ideia que os tenho poupado.
Fecho os olhos. Mil e uma imagens me invadem e eu tento que elas se vão embora.
Mas elas ficam.
E eu vejo-as, uma a uma. Cada pormenor é apreciado, mesmo eu não sabendo, tinha reparado nele.
São três os temas principais dessas imagens/memórias.
Continuo sem conseguir adormecer nem fazer com que a imagens se afastem.
Pego no ipod e ponho uma qualquer música a tocar.
Inocentemente, tento enganar-me a mim próprio e ponho uma não tão casual música.
E assim adormeço, embalado pela letra de uma canção, pela imagem de uma memória e pelo peso do cansaço.




"And the night goes on to see for you
There were angels in the Glaslights
Yes, it’s true
"
M.H.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Smile me your pain

Os smiles.
Falos especificamente daquele smile que finge fazer um sorriso, seco, mentiroso e sem qualquer ponta de verdade.

:)

São a maior falsidade que encontro no início, no meio, no fim das frases de uma qualquer conversa digital casual.
Apenas servem para disfarçar, quem sabe até mesmo mascarar, aquilo que realmente se quer dizer.
- estou bem :)
- Sim, fico contente por ti :)
- não, está tudo bem, não te preocupes :)
- tá a chover :)
- tou na cama, enrolado no edredon a ouvir música triste e a ouvir a chuva a cair :)
- tou com uma ressaca do pior :)
- não vai dar, hoje tou doente :)
- Desculpa :)
- ora essa, parti uma perna, duas costelas, desloquei a retina e parti a unha do pé, mas está tudo bem :)
- perdi-te de vez :)
- não tem problema, deixa que eu arrumo :)
- étecétera :)

Tudo isto se torna pior em conversas de msn e facebook, onde os smiles realmente ganham forma, e é aí que se nota toda a crueldade implícita na mentira do seu rosto. 
Eu próprio uso esse smile, mas invertido (:  para não ter que o olhar nos olhos enquanto eu próprio minto com todos os dentes. Minto não, disfraço.
É desviando o olhar que se finge melhor. Não olhar nos olhos enquanto se diz o que realmente se sente é a pior das crueldades. Mas eu sou suspeito para falar.

Pois bem, tudo o que disse foi mascarado por um smile. Sei que não tenho de o dizer, que alguém percebeu, que eu percebi, que tu percebeste, mesmo não sabendo de mim. 
Tem que haver sempre um Tu, não é? 
Porque não pode haver um Eu, sem haver um Tu a invadir a minha mente, o meu pensamento, a minha forma de estar?
Que merda de poeta da vida inventou que para cada Eu há um Tu, e que esse Tu não faz tão bem como deveria?


Palavras? Leva-as o vento :)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010


protège moi.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Put me back in the bottle where the sea meets the sun ..


"I, I had a swing when my soul was my own
I'd my teeth bared for battle"

domingo, 7 de novembro de 2010

9 minutes of pure feeling




Chego a casa mais cedo do que devia e, sem razão aparente, uma música aparece na minha cabeça e insiste em ficar, sem que lhe dê muita atenção.
A vontade de dormir é pouca e ligo o pc.
E a música continua na minha cabeça, mas cada vez a tocar mais alto. e mais alto.
é então que decido pô-la a tocar e ouvi-la.
é aí que a música me toca e me leva consigo, para algum lugar. Algum lugar distante, bem mais distante do que esperava, mas durante 9 minutos esqueço as negatividades que insistem em ir aparecendo, por uma razão ou por outra, umas maiores outras mais pequenas, mas vão aparecendo.
Os primeiros minutos acalmam-me, adormecem-me para logo a seguir vir a música, com toda a sua força e sentimento, como que a despejar tudo o que está a sentir, fazendo ou não sentido.
E os 9 minutos acabam e abandonam-me de novo, voltando eu a estar rodeado de tudo. Deixam-me só com tudo.
E assim fico.
Durmam bem.

domingo, 31 de outubro de 2010

Sing me something new plz

e é sábado à noite.
e chego a casa, após mais uma saída com as pessoas que me são próximas.
e visto o pijama e deito-me na cama.
e ligo o pc, e por entre um e outro site dou de caras com algumas músicas que talvez não quisesse ou não devessem aparecer agora. não agora.
e acabaram-se os "e".
mas não consigo de deixar de ouvir essas músicas, de por pause, stop, de fechar a janela.
Agora é tarde.
Ouço a música. Lá fora chove.
A chuva, a música.
A chuva e a música a tocarem, separadamente, tão diferentes uma da outra, mas numa simbiose quase perfeita, sem qualquer tipo de intencionalidade.
Cada um dá o sentido que quer à música, à chuva, aos dois em conjunto.
O sentido que lhe dou hoje, é diferente do que lhe dava no passado ou do que lhe darei no futuro, mas esse guardo-o para mim.
O som da chuva, o som da música, as suas letras. A chuva não tem um letra específica, daquelas que se procura na net a original e por vezes a tradução.
Não.
A chuva canta-nos a sua própria letra. E essa letra difere de pessoa para pessoa, de momento, do humor, de estado de espírito.
Mas uma coisa é certa, a chuva canta. A chuva fala-nos e, se deixarmos, ela toca-nos.
E a chuva, quando acompanhada por um número restrito de músicas especiais, tem poder, pois estas juntam-se como que se de um dueto se tratasse..
                                                                   


                                                                       ..um dueto para um.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

and so I write again.

É sexta feira e volto a casa.
Casa. Não só o lugar que me acolhe e onde passo as noites e os dias, mas também a terra onde existo desde sempre. A terra onde pertenço e a qual me detém desde que existo.
Casa.
Onde estão os meus amigos, a minha família, a minha vida toda até aos 19 anos.
Casa.
O sítio pelo qual sentia falta desde domingo, quando partia para a minha outra casa, até sexta, o dia de voltar.
Inesperadamente, muitas eram as vezes que repentinamente uma saudade me invadia e me fazia passear pelas ruas de minha casa, ainda que longe.
Pensava nos lugares, nas pessoas conhecidas e, muitas vezes, mesmo nas desconhecidas, e sentia uma nostalgia boa, que me fazia querer voltar.
Voltando alguns anos atrás, quando fui para o Porto, pensei que não ia sentir falta de nada. Ia sentir saudades sim, mas apenas aquelas características de quem abandona a sua casa e a sua gente por 5 dias e volta ao fim de semana.
Mas não.
Senti falta de muitas coisas que pensei nem sequer me lembrar.
Mas agora isso não acontece.
Poucas são as vezes em que sinto vontade de voltar.
Talvez pelo rumo que tomou a minha vida. Não é que esteja muito diferente do que era, mas está um pouco mais "ocupada" do que antes.
Estou no último ano do curso e ainda não faço ideia do que fazer quando (se) acabar. Provavelmente passará por sair da tal casa e mudar de ares, quem sabe definitivamente.
O futsal ocupa muito do tempo que tenho de fim de semana (sem falar dos dias de semana), o que faz com que passe pouco tempo em casa.
Algumas pessoas desiludem-nos, tornam-se desinteressantes, com um certo travo de arrogância, que me faz afastar, mesmo que inconscientemente, das pessoas que realmente valem a pena.
Estas são as razões que me fazem mudar o conceito de casa, o que ela significou para mim está a mudar. Não sei se é suposto acontecer assim com toda a gente numa certa fase da vida, mas é o que está a acontecer comigo.
Agora não sinto (tanto) a falta das ruas de paralelos que constituem a terrinha, dos jardins, dos bancos, dos bares, da barragem...
Talvez seja este o momento em que mudo a minha localização, a minha casa. Em vez de Vila Pouca de Aguiar, possa passar para "a definir" ou até mesmo "Vila Real".




"Trapalhão perdi a chave nem sei o meu caminho
Nestes dias difusos em que ando sozinho"


Bem vindo a casa.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

onde onde???

olá!
Uma breve e rápida passagem por este cantinho para descrever mais uma daquelas conversas:

Entre muitas conversas, fala-se de comida:
Mulher: Eu gosto de um chouriço, mas só se for do bom.
Homem: Você gosta é de chouriço crú!

Aí está. A beleza dos trocadilhos que são possíveis na nossa língua é algo de espectacular.
De referir que isto se passou onde? Num jantar de família pois claro!


sábado, 7 de agosto de 2010

Selecção Nacional Universitária Futsal

Olá

Pois bem, estou de volta à minha terrinha e a minha vida completamente normal, sem grandes novidades ou agitações.
E é hora de falar do tal sonho do post anterior.
O sonho era representar a selecção nacional de futsal universitário, que detém actualmente o título de campeã do Mundo.
Sim, era.
Falhei.
Inicialmente fomos convocados 15 atletas de entre todas as universidades do país, que disputaram a Liga Universitária de Futsal. Posteriormente, apenas ficariam 12 atletas que seguiam para a Sérvia, onde se disputará o campeonato do Mundo.
Para essa selecção final, realizou-se um estágio, em Aveiro, onde tinhamos treinos bi-diários com um ritmo e uma intensidade muito diferente daquela a que eu estava habituado.
Muitas foram as diferenças em relação ao trabalho que tenho vindo a desenvolver ao longo destes anos - movimentações, esquemas tácticos, organização defensiva, ofensiva, etc etc etc. Aspectos aos quais tive que me adaptar e até mesmo estudar e que consegui por em prática, com maior ou menor dificuldade.
O dia começava às 7e25, pequeno almoço às 8, treino às 9e30, almoço às 12h, descanso, treino às 16e30, jantar e repouso.
Era este o meu dia-a-dia.
Sei que era "apenas" um jogador de distrital em luta por um lugar nos 12 com jogadores de 1ª, 2ª e 3ª divisão, mas mesmo assim fui-me soltando, progressivamente e dei o meu melhor.
Na quinta tive a minha primeira experiência "internacional", num jogo que realizámos frente à selecção nacional do Qatar. O resultado foi bom, pois ganhámos 6-2, e para primeiro jogo acho que o balanço foi positivo.
Chegámos tarde a Aveiro e, apesar do cansaço, a dificuldade em dormir era grande, pois o último treino, o de todas as decisões, estava perto.
Após várias músicas e várias voltas na cama, lá consegui adormecer.

Por fim, o último dia, o último treino.
No fim do treino juntámo-nos todos numa roda e ia ser dada a notícia - quem ficaria de fora.
Apesar de ter a noção que era um potencial jogador a ficar de fora, tinha a esperança de conseguir ficar, pois foi para isso que trabalhei.
"Luís, Cláudio.... João".
Foi assim que recebi a notícia, enquanto todo eu tremia por dentro, após a pausa em que faltava um nome e o mister procurava o terceiro elemento com o olhar.
O seu olhar chegou a mim e parou.

Foi grande a tristeza com que recebi a notícia, mas foi também grande o apoio que senti de todos vocês.
Abraços sentidos, palavras sinceras.
Resta-me agradecer por tudo o que me ensinaram, por aquilo que vivi esta semana, pela união que o futsal traz e que foi um orgulho para mim ter o prazer de vestir as cores da nossa selecção pela primeira vez. Espero que não seja a última.
Boa sorte, rebentem com eles!


Cima: Tasaka, Bruno, Pires, Diogo, Cláudio, Jota, Picasso, Victor e André.
Baixo: Ferrugem, Miguel, Luís, João, Amílcar e Batalha.


João Dias, foi um prazer!

sábado, 31 de julho de 2010

olha está vivo!

Olá minha gente!
É verdade que tenho estado ausente deste espaço tão nosso, e peço desculpa por isso.
Podia inventar (ou não) mil e uma desculpas para o sucedido, mas não vou fazê-lo.
Agora informo que vou estar ausente um tempinho para perseguir um dos meus sonhos, e aquele que possivelmente é o que me diz mais.

Esta semana vou estar fora e vou tentar agarrar esta oportunidade que me deram com unhas e dentes, com todas as minhas forças, pois sei que esta é uma oportunidade que pode não se voltar a repetir.
Quanto ao conteúdo desse tal "sonho", mais tarde falarei dele, com a pena de não o ter conseguido ou com o orgulho de o conseguir ter feito, mas para já ainda é cedo. Só posso adiantar que envolve bolas e balizas e está relacionado com a etiqueta do post ;P

uM abraço a todos os seguidores que ainda visitam este espaço, mesmo apesar da minha ausência.

domingo, 25 de julho de 2010

o\

Adeus..

sábado, 3 de julho de 2010

Helow family!

olá!
sim, estou a escrever após tempo demais que não o fiz.
A verdade é que todos os dias abro a página do blog, mas não escrevo. Talvez por não sentir necessidade, talvez por preguiça, talvez por teimosia, ou até mesmo talvez por me sentir injustiçado com este blog, quem sabe.

Hoje tive jantar de família.
Aliás, fugi agora mesmo desse jantar para me refugiar no meu quarto, na esperança de ter algum tempo de qualidade comigo (luz apagada e música) . E parece que resultou, a prova disso é que estou a dar notícias (:
Não se fazem jantares de família com tanta frequÊncia como eu gostava ou até mesmo eu é que não participo neles com essa mesma frequência.
Hoje, no jantar, senti que já fazia parte da mesa dos adultos! Talvez por nunca ter tentado muito comunicar com a restante família como deveria.
Hoje, dediquei-me só à minha família, sem a pressa de ser sábado à noite e ter que sair a horas de casa. Sem a preocupação se vou sair com o cheiro a sardinhas ou com hálito a cebola, sem a futilidade de pensar naquilo que vou vestir.
Os jantares de família já não são o que eram. Não há ninguém a que atribuir a culpa. A culpa é das circunstâncias da vida e também do tempo, que por muito que não demos conta ele não pára, e insiste em fazer-nos envelhecer e a levar muita da nossa juventude. Isso vê-se nos jantares de família.
Mas além deste "senão", os jantares de família são uma preciosidade.
Os jantares de família tem momentos únicos, dado que a minha família tem elementos também eles únicos.
Resumo o jantar numa frase proferida por um elemento que, quem lê o blog e conhece minimamente a minha família saberá a quem me refiro: " Se comi a ceia? Não. Eu queria era comer bife com pêlo!"

Hoje gostei de estar com a minha família, de me dar à minha família, apesar de eles não terem notado isso =)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

"Uivemos, disse o cão"

- Hoje, sexta-feira, 18 de Junho, José Saramago faleceu às 12.30 horas na sua residência de Lanzarote, aos 87 anos de idade, em consequência de uma múltipla falha orgânica, após uma prolongada doença.

O escritor morreu estando acompanhado pela sua família, despedindo-se de uma forma serena e tranquila.


Fundação José Saramago
18 de Junho de 2010


E hoje ficámos mais pobres.




"Nascemos, e nesse momento é como se tivéssemos firmado um pacto para toda a vida, mas o dia pode chegar em que nos perguntemos: Quem assinou isto por mim"?


 

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Liberdade?


"Ouve o barulho a prometer a velocidade, onde todos vão comer, sorrir, amar sem ser verdade.
Já ninguém tem força para sair da ilusão, liberdade construindo uma prisão"

domingo, 13 de junho de 2010

Odeio-te.

=)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A(dormeço)cordo

É já de madrugada quando me deito, fecho os olhos e, cansado, tento adormecer.
Não consigo.
Ponho os phones nos ouvidos e ponho uma qualquer lista a tocar aleatoriamente para ver se ao menos ela me acalma a alma e me faz adormecer. A musica toca, mas não a ouço.
Sem efeito.
Penso. Penso muito. A minha cabeça dá voltas e voltas. A minha cabeça fica cansada até que acaba por dar de si e me deixa adormecer, com a música nos meus ouvidos a tocar sem ser ouvida.
Acordo enrolado nos fios. Atiro o ipod para o chão e viro-me.
Adormeço.
Acordo com frio. Cubro-me e consigo adormecer outra vez.
As almofadas estão baixas demais, Acordo.
Adormeço.
Acordo com calor. Descubro-me e faço força para adormecer.
As almofadas estão altas demais, Acordo.
Atiro com as almofadas para o chão e quero adormecer.
Antes de adormecer vejo as horas, 7 da manhã.
Adormeço já com a luz do sol a entrar-me pela janela.
Antes de adormecer busco as almofadas do chão.
Acabo de adormecer e toca o telemóvel "Tem 5 dias para carregar o telemóvel".
Atiro com o telemóvel para o chão.
Acordo com o frio no meu corpo. Penso em levantar-me e vestir qualquer coisa, mas a preguiça ganha.
Adormeço por fim.
Acorda e vai pôr a mesa - horas de levantar :|

São assim as minhas noites.
Apesar de cansado e com vontade de dormir há algo que não me deixa.
O que quer que seja, vai-te embora, sai daqui, deixa-me em paz.
Não quero não dormir contigo.



Strange things are happening to me

domingo, 6 de junho de 2010

Solta-te

Aquela tristeza de ontem continua hoje.
Não sei de onde veio ou até mesmo porque veio, mas a verdade é que ontem se instalou em mim um certo mau estar comigo mesmo.
Talvez até seja bom. Já há algum tempo que não me sentia assim.
Desta vez os motivos podem até ser diferentes.
Estou a exigir de mim mais, porque sei que valho mais, que consigo fazer mais.
Não sei o que se passa, sinto-me cansado, preso, lento a pensar, a executar. Sinto que tudo o que evolui este ano fora daqui o perdi agora que voltei.
-"solta-te". "abre o livro".
não estou a conseguir.
Secalhar por estar um pouco fora da minha zona de conforto, mas não é desculpa.
Uma certa frustração vem, invade-me e deixa-me assim, sem a minha alegria, sem a minha simpatia, sem vontade de continuar a fazê-lo.
Esta vila dá cabo de mim, não sei porquê.
Sim, estou a falar de futsal.
Sim, é aí que me distraio, que me alegro, que me posso sentir feliz e livre.
Não, não é o que tem acontecido.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

"amigos"

Hoje senti a revolta de pessoas próximas.
Hoje senti que não devo fazer mais esforços para fazer algo por alguém, que há sempre outras pessoas que vão levar a mal.
Quem dá por um lado, tira pelo outro, e eu dei conta disso.
A verdade é que nesta vila, sempre que alguém tenta fazer algo em condições há sempre quem seja do contra, secalhar um bocadinho mais do que devia, mas pronto.
Se preferirem apoiar outras pessoas, que são mais "amigas", tudo bem. Sim, amigas entre aspas, porque é isso que essas tais pessoas são, são amigas entre aspas, só.
Foda-se, não vou perder mais tempo, mais horas de estudo, mais dinheiro, mais nada para tentar fazer alguma coisa de jeito. Ou que pelo menos eu pensava que era.
Mas também é-me bem feito, para a próxima abro os olhos e não me meto onde não sou chamado.
Compreendo a situação das pessoas, assim como deviam compreender a minha.
Haja tomates para se falar do que se deve directamente e aí tiro o chapéu, mas secalhar foi já um bocado tarde.
Se não ganhar o torneio tass bem na mesma, batam palmas.
Se ganhar, batam palmas na mesma. Mas não me ponham na situação em que estão a tentar por.
Sei que provavelmente não deveria publicar isto, mas também não me interessa.
Este post não é direccionado a alguém em específico, mas é sim para eu saber com aquilo que conto das próximas vezes e dizer desde já: não vai haver próximas vezes.

terça-feira, 1 de junho de 2010

oh lua..

Existem momentos que nos fazem parar, olhar e por vezes pensar.
Hoje, quando ia a caminho de casa reparei na lua.
Há muito tempo que não reparava nela. Talvez há tempo de mais. De certeza.
Hoje parei e sentei-me nas escadas a ver a lua.
Estava bonita. Era branca, cheia. Cheia de luz, cheia de brilho.
A lua, apesar de viver na noite, brilha muito mais que o sol.
O sol apenas serve para nos aquecer.
A lua não.
A lua acolhe-nos, a lua ilumina o nosso caminho. A lua olha-nos e protege-nos quando caminhamos sós pela noite. A lua abraça-nos quando nos vê sozinhos, sentados num qualquer banco de jardim, num qualquer muro.
A lua inspira-nos.
Hoje, ao fim de muito tempo, olhei para a lua e la estava ela, como a mais bela das mulheres que sabe que está a ser observada mas que permanece como se nada à sua volta se passasse.
A última vez que me lembro de ter olhado a lua com olhos de ver também ia a caminho de casa, sozinho. Já faz alguns anos. Era ela que me acompanhava naquele percurso que tantos sentimentos despertava em mim.
A lua não quer que saibamos que nos está a ver.
Sem darmos conta, ela está lá a ver o que fazemos.
A lua já me viu sorrir.
A lua já me viu caminhar sozinho, sem sentido.
A lua já me viu chorar.
A lua já me viu fazer as piores figuras da minha vida.
A lua já me viu feliz.
A lua já me viu amar, muito.
A lua já me abraçou sem lhe pedir.
A lua já me beijou a testa quando mais precisei.
A lua já me viu viver e quase não ter vontade.
A lua já me viu perdido.
A lua já me ouviu. Já me olhou, já me cheiro, já me sentiu.
A lua já me fez sentir pequeno. A lua faz-me sentir pequeno.
Quando precisei, mesmo sem dar por isso, a lua esta(va) aqui, bem juntinha a mim, a iluminar-me, quando alguém me falta(va).
Temo que a lua não possa mais ver-me a fazer algumas destas coisas, mas vou procurar na lua aquilo que na minha ausência perdi e que quando a visitava ganhei.




My moon , my place, my home, my me.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Estrela d'alva




E porque há músicas que apesar de mais antigas que a minha curta existência, chegam até mim e pelas quais fico completamente rendido.
Não consigo deixar de ouvir.
A letra, a melodia, a voz.
Aquilo que me transmite.
A calma, a serenidade, a possibilidade de recuar no tempo e me sentir noutra época completamente diferente.
Tenho pena de não ter vivido na altura em que se faziam genialidades destas.
A vós vos apresento o grande José "Zeca" Afonso, um génio português que partiu mais cedo do que devia devido a doença.



"Canção de embalar"

Dorme meu menino a estrela d'alva
Já a procurei e não a vi
Se ela não vier de madrugada

Outra que eu souber será pra ti
ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô (bis)
Outra que eu souber na noite escura
Sobre o teu sorriso de encantar
Ouvirás cantando nas alturas
Trovas e cantigas de embalar
Trovas e cantigas muito belas
Afina a garganta meu cantor
Quando a luz se apaga nas janelas
Perde a estrela d'alva o seu fulgor
Perde a estrela d'alva pequenina
Se outra não vier para a render
Dorme quinda à noite é uma menina
Deixa-a vir também adormecer

domingo, 23 de maio de 2010

O evangelho

Olá!
Antes de mais quero referir que só falta mais uma semaninha para eu ficar de férias e poder-me dedicar com mais tempo a este blog, de maneira a tentar fazer dele o que era antes e que tanto gosto me deu/dá.
Mas não é para isso que este post serve.
Este é um post de publicidade. Publicidade a um novo projecto para o qual fui convidado e para o qual eu espero o maior sucesso.
O projecto é um blog, feito por 4 pessoas interessantes e que falam também de temas interessantes e, como não poderia deixar de ser, falam também de muitos temas não interessantes à maioria das pessoas! (assim é que tem piada!)
A morada do blog é http://www.os4apostrofes.blogspot.com/ e é periodicamente actualizado, mediante a disponibilidade de cada elemento do blog.
Acompanhem que vai valer a pena =)

Até lá, tenham uma santa noite e durma lindamente.

[]**  SlippY!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

ALTOUSSSSS!

Como não poderia deixar de ser, e como já devia ter sido feito há muito tempo, aqui fica o verdadeiro vídeo que todos os dias me tem enchido a cabeça com fabulosas palavras/frases.
Não falo de qualquer tipo de frases sem a mínima decência ou sem qualquer significado. Falo de frases do tipo "eu pela minha coninha dou tudo" ;"buenos dias matosinhos!" ; "ALTOUSS!" ; "Et voilá"  culmindando com o verdadeiro "Brák iú Fóckers!".
Simplesmente...estúpido!


 

sábado, 15 de maio de 2010

Happy Birthday monkey!

Olá!
Estou de volta aqui ao cantinho e tenho um comunicado importante que sei que vai deixar muitas pessoas estupefactas e quiçá algo surpreendidas: ontem fiz anos!
É verdade.
Ainda hesitei se comunicava essa tão grandiosa e importante data aqui ao pessoal, mas dada a minha grande carência afectiva achei por bem fazê-lo!
Sei que deveria ser um dia alegre e de festa, mas a verdade é que não o é.
A noite sim, foi de festa, mas o dia não.
Então não é que quando vou a dar conta já tenho mais anos do que aquilo que gostaria?
Sei que é um bocado "clichê", mas olhando para trás, muitas das coisas que fiz faria-as de diferente forma.
Antes de mais errei logo ao nascer. Nasci completamente no ano errado.
Depois durante a minha infância era uma má pessoa que se vendia por chocolates (esta parte não mudava bah!) e que nunca gostou de dar beijos (áquelas pessoas chatas que insistem em cumprimentar todas as pessoas com 2 beijos ! )
Mais à frente com toda a certeza nunca tinha posto um cachecol do benfica ao pescoço, mesmo sendo ameaçado por um lampião bêbado em pleno estádio da luz!
Outra das coisas que mudava era o facto de ter partido os dentes a apalpar uma rapariga mais velha. Sem dúvida que se Deus me tivesse dado o dom de pensar mais antes de agir tal facto não sucederia!
Já no meu secundário, mudava totalmente o facto de não ter dado o limite de faltas a todas as disciplinas. Bem, mas é assim que se aprende.
Entre muitas das outras coisas que mudava, uma delas era a minha paixão pela Patrícia Galo. Meu Deus, o que tinha eu na cabeça? :O Era isso e o ter vestido o vestido da comunhão da minha irmÃ. A partir daí o meu desenvolvimento nunca mais foi o mesmo. É por isso que sou uma pessoa traumatizada.
Bem, e agora vou dormir com a profunda convicção que a partir daqui serei uma pessoa que não vai cometer mais erros e que nunca se vai arrepender de nada.
Errado, completamente errado!

sábado, 8 de maio de 2010

ilumina

"Há uma praia depois da sombra, uma clareira p'ra (me) iluminar
 Há um abrigo no meio das ondas, tudo é caminho p'ra (me) iluminar"


                                                                                                     

À procura da clareira, do abrigo, da vela.
À procura do caminho, da liberdade, de algo.
À procura da luz.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

E assim se foi.. PUF

Bom dia!
Estou em véspera de uma frequência de anatomia e ontem enquanto estudava, num dos muitos momentos de reflexão, cheguei a uma conclusão: este blog  vai acabar. Pelo menos no formato em que tem vindo a ser utilizado até agora.
Não vou mais falar do que sinto realmente, a fundo, pelas mais diversas razões, entre elas a exposição a que me sujeito a pessoas que são relativamente próximas.
O blog vai continuar activo, mas para dizer parvoíves (muitas) e para tratar de assuntos minimamente interessantes para mim. Espero que não deixem de visitar este sítio que foi e continua a ser vosso.
Não sei se deva pedir desculpa ou não, por isso não vou fazê-lo, mas claro que me deixa triste este "fim".
Quando sentir necessidade de escrever, não sei se criarei outro blog novo ou não, depois lá vejo, senão fico-me pelo meu caderninho de desabafos.
Continuem em contacto (:

Beijos e abraços **[]


(aí está a primeira parvoíce da nova era ::)

domingo, 2 de maio de 2010

não quero ir

Hoje não quero ir.
Não quero passar mais uma semana.
Hoje não quero ter que abandonar a minha casa e partir para um lugar onde a saudade aperta.
Não quero ter que fazer a mala.
Hoje não quero ir e passar mais uma noite de domingo triste, onde tudo se pensa, onde tudo passa pela cabeça. A noite de Domingo é a noite de todas as reflexões.
Não quero chegar e ver o quarto desarrumado e ter que arrumá-lo.
Hoje não quero partir, fazer uma viagem que, embora pequena, me vai custar.

E hoje não quero ir...        Mas vou!

How to desapear?

Porque tem dias em que me apetece desaparecer, não ser visto. Era bom ser possível manter-me invisível, sem preocupações, sentimentos ou mesmo qualquer tipo de tortura.
Sim, porque é disso mesmo que se trata, da tortura dos sentimentos.
As vezes olho para mim, por dentro e penso "que grande merda, não sinto nada." Outras vezes, páro, olho para mim por dentro e penso "que grande merda, sinto tudo."
Voltei ao início. Espero que não.
No meio de tanta gente, de tanta diversão, de tanto barulho, apenas conseguia ouvir uma coisa.
Tantas horas passadas, e sem avisar pregava uma partida a mim mesmo e lá estava outra vez.
Pessoas de preto todas iguais. Não via caras, não via nada. Apenas uma coisa.
E porque é mesmo isso que me faz tornar mais frio, a tortura dos sentimentos, às vezes prefiro desaparecer para não magoar ninguém.
Por isso, quem souber a fórmula de como desaparecer, nem que seja por breves instantes, que me diga que eu quero experimentar.
Pelo menos até sentir o frio de novo. Até me sentir frio de novo.






"That there
That's not me
I go
Where I please."

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Liberdade




Olá!
Retomo a escrita no blog não com o resumo destas duas semanas, mas sim com um tema muito importante para mim: a liberdade.
Foi com tristeza que passei o 25 de Abril como se fosse um outro dia normal. (não tão normal porque foi o dia seguido a um sábado de queima, mas pronto).
Apesar de ainda não ser nascido quando se deu a tal revolta, tenho um carinho especial por esta data.
Se não fosse o 25 de Abril eu/nós não podíamos fazer grande parte das coisas que fazemos diariamente, naturalmente, sem nos aborrecermos muito com isso.
Antes do 25 de Abril não podia expressar o que sinto livremente.
Não podia dizer mal do governo sempre que me apetece, mesmo que não tenha razão.
Não podia andar com um isqueiro sem ter uma licença própria (ridículo).
Muito provavelmente não poderia ter este blog (sim, eu sei que ainda não havia net).
Não podia acordar de manhã mal humorado e mandar toda a gente à merda.
Metade deste texto iria ter um lápis azul por cima.
Não podia dizer o que penso, o que sinto, o que guardo para mim.
Se vivesse antes do 25 de Abril tinha de engolir muitos sapos e dizer sempre bem de quem quer que fosse. Ia viver num clima de desconfiança.
Viva o 25 de Abril!

Liberdade?
Mesmo depois do 25 de Abril será que todos nós somos livres? Será que todos nós dizemos aquilo que pensamos? A resposta é simples: NÃO.
Ninguém é completamente livre.
Somos livres sim, até certo ponto. Gosto de ter a minha liberdade, a minha independência, mas logicamente não sou livre a 100%.
Durante a semana tenho a minha casa, a minha vida. Faço o que "quero", deito-me a que horas quero, levo quem quero para minha casa. Durante a semana eu tenho a minha liberdade. A liberdade de alguém que não tem que ter a preocupação de quem me conhece, do que dizem de mim, do que pensam de mim. (não é que me preocupe muito com isso). Durante a semana sinto-me mais crescido.
O fim de semana é passado em casa dos pais, por isso não é bem a mesma coisa.

Mas diversas são as situações em que me sinto livre:
Sou livre no meu canto, a ter o meu momento.
Sou livre num jogo de futsal.
Sou livre quando tudo à minha volta pára e vivo só para mim.
Sou livre neste momento em que estou a escrever.
Sou livre numa noite daquelas em que tudo é relativo, onde nada importa.
Sou livre a cada palavra, a cada gesto.

Gosto desta liberdade que vivo a cada dia, não me imagino a viver sem ela.
Viva o 25 de Abril, viva a LIBERDADE!



quinta-feira, 22 de abril de 2010

Como dar nome a qualquer coisa

Hoje deixo-vos um momento cultural, que fala sobre a lenda da cidade de Tondela, ou melhor, de como surgiu esse nome.

"Era uma vez uma menina muito bonita que deixava os homens todos loucos pela sua imensa beleza, quer física quer psicológica.
Essa bela moça tinha o dom de tocar um instrumento musical (que não sei qual é) e os homens iam todos atrás, ao tom dela."

Sim, esta história é verídica!
Apenas tenho uma palavra para descrevê-la:
Rídiculo. (mas com um piadão!)

domingo, 18 de abril de 2010

Música de uma noite

É incrível, os únicos momentos em que ouço esta música é no fim da noite, algures no meio de nada, ou de tudo, nas portas abertas de um carro, com pessoas que me são especiais.
E sim, esta música consegue fazer o que estou "proibido" de fazer por outros caminhos.
Consegue transportar-me para longe. Entra e não sai durante os cinco minutos da sua duração. Durante esses 5 minutos sou Eu, só eu. Não penso em mais nada, em mais ninguém, em lugar algum. Nesses cinco minutos sou livre.
Livre de tudo o que possam pensar ou dizer. Livre de pensamento, de vontade, livre de espírito.
E passam os cinco minutos e a música acaba.
Quando acaba só resta fazer uma coisa: ouvi-la outra vez!


sábado, 17 de abril de 2010

Ausência

Caros leitores, peço desculpa por não ter escrito nada ultimamente, mas não se passa nada de especial para que seja aqui escrito.
Ou melhor, eu é que não me tenho sentido minimamente inspirado para escrever, e para escrever merda mais vale estar quieto (tipo este texto!)
Muitas são as vezes em que abro o blog, faço log in e carrego "nova mensagem". Depois fico em branco, parado a olhar para o ecran vazio. E não sai nada.
NADA.
Como eu tenho dito, quando estou triste é quando as coisas me saem naturalmente, como que de uma revolta se tratasse, uma revolta que tem que ser escrita, descrita e inscrita em algum lado.
Tenho pensado mudar a morada do blog, ou criar outro blog, porque muitas das coisas que aqui são ditas por mim não deviam ser vistas por muitas das pessoas próximas/conhecidas de/por mim.
Também será essa uma das razões porque não tenho escrito grande coisa.
Vou pensar nisso a sério, depois tomo uma decisão.

Até lá, estão a chegar as Queimas. Quem quiser vir à de Vila Real é dizer!
"E sem saber que era impossível, ele foi lá e fez"
(Jean Cocteau)



quinta-feira, 15 de abril de 2010

O valor do silêncio ~

Lá fora o vento sopra, faz tremer. A chuva cai, derramando lágrimas que ela não é capaz de expressar. Seus lábios rachados e os olhos piscando incessantemente tamanho o sono nessas horas da noite. Nada está no lugar.

Ela liga o rádio no mais alto volume, mas ainda assim o silêncio permanece. O silêncio está dentro dela e não quer sair. O silêncio não tem voz.
A carta de amor nunca terminada jaz em cima da mesa e a foto rasgada ainda se encontra em uma das páginas velhas do diário embaixo da cama.
Anda de um lado para o outro rompendo como um furacão pelos cômodos da casa. Não há ninguém ali para ampará-la. O Reino Encantado está do avesso e os príncipes retornam às suas formas de sapo. Idealizações são desfeitas.
O momento de parar de acreditar em príncipes encantados e querer homens de verdade chega. Mas ela ainda tem sonhos de menina em corpo de mulher.
Ela finalmente se aquieta e senta no sofá.
Desliga o som, o silêncio reina.
As dores e as desilusões também. Ela não quer mais.
Não quer saber de príncipe ou homem de verdade.
Não quer pessoa certa ou até mesmo errada.
Ela só quer amor. Mas o seu amor virou um beijo no espelho. Já não sente nada. Tudo o que lhe resta é aprender a conviver com seu torturante silêncio e passar a compreênde-lo.
A falta de palavras a sufoca. A falta de carinhos a assusta. É tanta coisa para pensar e o dia só tem 24 horas.
A chuva cessa o seu pranto, mas lá fora o vento ainda sopra e faz tremer. Lábios rachados, olhos pesados. Ela não liga pra nada. Não mais. Não adianta...O silêncio continua, mas agora ela sente, 'e é tão puro o silêncio agora'.




Encontrei este texto pela net.
Prefiro ser eu a escrever os textos para o blog, mas quando encontro um ou outro texto que gosto também o partilho.
Não sei o autor, mas sei que está muito bem escrito.
Apreciem e sintam-no.

Música da semana

Volteiii =)
Desta vez começo pela música da semana.
A verdadeira música da semana fica para mim, não quero partilhar porque sei me vai acompanhar algumas vezes mais e é como um cantinho só meu, que me toca e me congela num momento. Foi o que aconteceu no domingo.
Por isso, fica a segunda opção para música da semana.  The XX - Islands.
Pode ser considerada uma banda nova e jovem, que rapidamente atingiu o estrelato. Ao princípio gostava de uma ou duas músicas, mas agora ouvi bem o cd e têm uma sonoridade realmente engraçada, perfeita para um momento de relaXX =)