but Heaven is where Hell is..

domingo, 28 de fevereiro de 2010

ReEncontros

Hoje fiz algo que já há alguma tempo não tinha oportunidade.
Fiz alguém sorrir. Mas não um sorriso de circunstância, proporcionado por uma piada, não.
Um sorriso de alguém que estava triste e deixou de o estar (não sei se apenas por alguns momentos, mas mesmo assim já foi bom).
Hoje senti-me bem.
Hoje fiz com que uma pessoa que não conheço (apenas dos seus textos do blog) encontrasse uma amiga especial para ela, que não via há algum tempo (tipo 7 anos!).
Senti-me bem, porque me fez olhar para trás e ver o João que conseguia ser um bom amigo e levantar o astral das pessoas, por pior que elas pudessem estar. O João que roubava um sorriso a meio de um choro. O João que tinha coração.
Afinal ele ainda aí anda, perdido, mas quando tem oportunidade vai dando notícias (:
Mas como este post não é apenas sobre mim, fica um desejo: espero que a vossa amizade renasça e que se possam conhecer de novo, pois de certeza que muitas coisas mudaram nestes 7 anos (:

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Quiz de fim de noite.

Estou na cama, a vaguear pela internet e de repente dá-se-me uma fome daquelas!
E o quê que eu faço? HM??

a) levanto-me e vou la abaixo preparar um leitinho com cereais quentinho e como enquanto vejo televisão embrulhado no cobertor.

b) começo aos berros e acordo toda a gente a fingir que estou doente e que preciso de comer urgentemente senão desfaleço (entretanto posso puxar um vómito ou assim para dar mais realidade à coisa) .

c) não faço nada. Puxo os lençóis para cima e tento adormecer enquanto ouço a barriga a roncar e a suplicar por uma bolachinha de chocolate.

d) mando uma sms à minha irmã a dizer "quando fores pa cama traz-me um pacote de bolachas e um iogurte de beber".  (esta hipótese não é muito provável pq ela não é 93)

e) adormeço, sonho com um banquete, que inclui bolachas, cereais, crepes, ovos estrelados, brasileiras em biquini, e acordo com a almofada toda babada. (esta é bem provável, pelo menos a parte da baba. Sim, é grande a probabilidade de eu me babar durante a noite!)

f) como as folhas do livro que está em cima da mesinha de cabeceira, trinco a bateria do telemóvel, o candeeiro, mordo parte da cama, tudo isto acompanhado com a suculenta esponja da almofada.



Dependendo do que se passar hoje de noite, brevemente darei aqui a resposta.
Até lá, quem quiser pode tentar adivinhar!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Grey Room

Pois é.
Todos temos fases da vida em que nos sentimos melhor ou pior, mais alegres ou mais tristes, confiantes ou não.
É assim, nada há a fazer.
É o eterno contraste entre o negro e o branco, podendo também existir, em alguns casos, um "estado intermédio", de cor cinza.
E é nesse mesmo que me vou encontrando, a cada vez que me lembro de me perguntar a mim mesmo como estou.
É estranho, para mim, que sempre tive como preocupação divertir as pessoas, fazê-las rir, ter uma conversa com sentido, fazer toda a gente sentir-se bem. Pois bem, agora nada disso é real.
Estou-me bem a cagar para o que digo ou penso, não me importa se sou simpático, se gostam de mim. As conversas de café já não fazem mais sentido para mim. Já não me sinto uma boa companhia e,quando o sou, são apenas breves momentos em que o cinza se transforma em branco, voltando rapidamente ao seu estado inicial.
Tudo o que era importante está-se a ir aos poucos.
Talvez me esteja a fartar dos sítios, das pessoas, das conversas, dos sorrisos (falsos), dos problemas (ou pseudo-problemas) de gente mimada com falta de atenção.
Não quero acreditar que seja isso. Quero acreditar que é apenas uma má fase, que me vai fazer crescer e tornar-me uma pessoa melhor.
Como tal, por enquanto, vou permanecer na minha zona cinzenta até acontecer algo que me faça mudar, pois a luz, tal como o negro, não são possíveis de olhar fixamente.


"Raquel"


 


"Quem diria,
Que um dia,
Voltava a ver Raquel
Fiquei parado e pouco lhe falei...
Ha quanto tempo nao te via
Julguei até já ter estancado a hemorragia
Mas ao que eu vejo que o tempo nao passou..
Como era bom, contar-te o que eu sentia
Mas vejo que a conversa vai ficar para outro dia,
Por hora só me sai:
Raquel "



Simples e eficaz.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

E hoje (não) sinto..

Hoje não sinto vontade de acordar.
Hoje não sinto o frio que está fora da minha cama.
Hoje não sinto o sabor a chocolate do pequeno almoço.
Hoje não sinto o "bom dia" que digo e recebo quando entro no carro.
Hoje não sinto o olhar reprovador da professora por chegar atrasado à aula.
Hoje não sinto o brilho no sorriso das pessoas nem o meu, aliás, hoje não sorrio.
Hoje não sinto o calor de uma abraço dado por alguém que também não sinto.
Hoje não sinto a simpatia. Hoje não sou simpático.
Hoje não sinto o sentido das palavras ditas e regularmente sentidas das minhas músicas preferidas.
Hoje não sinto vontade de comer.
Hoje não sinto o cheiro das rosas do jardim, do café do bar, dos variados perfumes que por mim passam, o cheiro da vida.
Hoje não sinto vontade de ter alguém.
Hoje não sinto saudades de casa, da família, dos amigos, do meu cantinho.
Hoje não sinto raiva das atitudes da minha irmã.
Hoje não sinto a emoção das recordações da musa do concerto de domingo.
Hoje não sinto vontade. Vontade de jogar futsal, de vencer, de perder.
Hoje não sinto o sabor do cigarro no caminho para casa.
Hoje não sinto a calma e tranquilidade que o jardim e a fonte me acostumaram.
Hoje não sinto vontade de ser feliz.
Hoje não sinto a necessidade de me deitar, de pensar, de vaguear por lugares onde apenas a mente consegue entrar e depois dormir.
Hoje não sinto os sonhos. Hoje não sonho.
Hoje, no lugar do meu coração, sinto apenas uma pedra gelada, que apenas serve para bombear o sangue e para me manter vivo, mas não serve para viver.
Porque hoje não me sinto.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Carnaváu!

Tou mesmo naquele momento em que se escolhe a roupa à última da hora e como não tenho muito tempo para escrever, resta-me dizer, com um cheirinho a samba:

BOM CARNAVAL, PALHAÇOS!


domingo, 14 de fevereiro de 2010

Joss Stone live @ coliseum


Pois é. Hoje vou ter oportunidade de ver ao vivo alguém por quem uma vez me "apaixonei" (era novinho e tal!).
Joss Stone.
Além de ter uma voz que me deixa sem palavras, é linda. E olhem que eu nem gosto muito de usar este termo para definira alguém.`

Ah, é verdade, Feliz dia de S. Valentim.



Joss Stone - Right to be wrong

sábado, 13 de fevereiro de 2010

A ASSASSINA





A Raquel veio hoje de visita.
Trazia o cabelo em tranças doiradas.
Perguntei-lhe: queres chá, um sumo de laranja ou a água
que consigo tudo leva e arrasta?
Sentou-se no sofá a olhar as fotografias espalhadas pela sala.
Disse: antes tiravas-me fotografias, enchias-me de beijos,
tocavas-me com as mãos, os dedos e interditas palavras.

Fiquei sem saber o que dizer.
O passado é um lugar afastado e irrequieto
ao qual não é possível regressar ileso.
Meses e dias sucessivos esforçando-se por fazer sentido e,
subitamente, a ruptura, a quebra, a catástrofe
que nos leva de uma vida para outra.

A Raquel do mais frágil colo,
das mãos de dedos finos e nervosos,
dos seios brancos como neve,
pergunta-me se pode tirar as sandálias de couro pintado de vermelho,
e justifica-se: descalça sinto-me mais livre
de encontrar o que procuro, embora lhe desconheça o nome.

Queres uma ou duas colheres de açucar? pergunto,
e não se queixa por eu ter esquecido os pequenos hábitos
que construíram outras horas.
É preciso prosseguir afastando o que se intromete,
se isso for possível. Mas se a sorte nos trouxer desgraças
rezemos e aceitemos, há sempre em nós uma falta inapagável.

A Raquel de olhos belos e corpo feito de desejo,
diz-me que o amor lhe tem sido traiçoeiro,
prometendo o que não pode.
Que deixou o namorado ou o namorado a deixou a ela,
de qualquer jeito não era feliz, nem antes nem depois
desde que os deuses, ou o destino a castigaram.

Procuro mostrar-lhe que não é assim,
mas sem convicção, inutilmente.
Somos seres expostos ao que os dias trazem
e não há modo de saber o que se encontra por detrás da porta fechada.

Conheces o I Ching? pergunta ela.
É um livro chinês que responde às nossas perguntas,
se elas forem bem postas.
Não saio de casa sem o consultar. Uma pessoa tem de acreditar em algo que
traga um sentido a este existir tão escasso.
Eu concordo e prometo-lhe encontrar esse livro mágico,
embora saiba que o não vou procurar em nenhum lado.
Não acredito em profecias, visões, adivinhas ou oráculos.
Acredito que dois mais dois são quatro
que a luz se propaga à estonteante velocidade
perto dos trezentos mil quilómetros por segundo,
que em 1815 Napoleão perdeu-se na batalha de Waterloo,
e uma série indefinida de minúsculas verdades que não salvam.

A Raquel morde os lábios perfeitamente desenhados e pergunta:
não tens por acaso alguma flor de marijuana,
ou uma bela história que me traga o doce sono?
Com todo o cuidado faço um cigarro e passo-lho.
Ela fuma devagar. O fumo penetra-a pela boca de onde depois se escapa
fazendo rolos para o alto.
Não queres beijar-me os lábios quentes?
pergunta dentro de um silêncio.
Aproximo-me por detrás
e retiro-lhe a camisa branca.
O fascínio erótico aprisiona-me por completo.
As minhas mãos, os meus olhos, os meus sentidos todos
deixam de ser meus para serem dela.

Quando estou tão perto do seu pescoço que nada vejo,
sou assaltado por um terror antigo, um cruel abandono.

O seu corpo iluminado impede qualquer tipo de vingança.
Deve ser tremendo ser desejada por quem quer que seja,
um paciente jogo de uma qualquer luxúria,
e depois descuidada quando já nada serve.

Volto a vestir-lhe a camisa impecavelmente branca
e sento-me no sofá à sua frente.
O intermitente barulho dos carros que passam na rua
circula pelo espaço entre coisas imóveis.
Olhamo-nos como se nunca nos tivéssemos visto,
e depois sorrimos lembrando desencontros,
lutas, desgastantes ciúmes.

Não devias ter fugido com o meu melhor amigo, digo,
sem qualquer violência ou incriminação na voz.
E a assassina explica: de qualquer modo teria de deixar-te,
embora o modo pudesse ter sido outro e menos bruto.
Assim os deuses o devem ter querido,
pois, se queres que me confesse,
sinto-me culpada e inocente ao mesmo tempo.
Por vezes é difícil distinguir a sorte da maldade.

Chega a hora da despedida.
Abraçamo-nos estreitamente como irmãos,
prometendo voltar em breve a encontrar-nos.
Como se ainda alguma coisa esperasse pro nós,
tendo ficado por dizer ou por fazer, quando não há nada.

Mal a porta fechou, encostei-me a ela,
e num rodopio chegaram-me incontroláveis memórias.
O lugar onde primeiro a vi, a noite do primeiro beijo,
a tarde da primeira zanga, a impossibilidade de tudo.

Amor, vem ou parte, mas não me deixes ficar nesta aflição,
nuvem à deriva, pedaço de nada.

Pedro Paixão

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Se por acaso..

Aqui partilho uma música que não gostaria de ter que dedicar a ninguém..
Ou então que gostaria de viver tais coisas que possa ter alguém a quem a dedicar.



JP Simões & Luanda Cozetti - Se Por Acaso



Letra:

(Ele)


Se por acaso me vires por aí
Disfarça, finge não ver
Diz que não pode ser, diz que morri
Num acidente qualquer
Conta o quanto quiseste fazer
Exalta a tua versão
Depois suspira e diz que esquecer
É a tua profissão



E ouve-se ao fundo uma linda canção
De paz e amor


(Ela)

Se por acaso me vires por aí
Vamos tomar um café
Diz qualquer coisa, telefona, enfim
Eu ainda moro na Sé
Encaixotei uns papeis e não sei
Se hei-de deitar tudo fora
Tenho uma série de cartas para ti
Todas de uma tal de Dora




E ouvem-se ao fundo canções tão banais
De paz e amor



(Ele)

Se eu por acaso te vir por aí
Passo sem sequer te ver
Naturalmente que já te esqueci
E tenho mais que fazer
Quero que saibas que cago no amor
Acho que fui sempre assim
Espero que encontres tudo o que quiseres
E vás para longe de mim



E ouve-se ao fundo uma velha canção
De paz e amor



(Ela)

Na sexta-feira acho que te vi
À frente da Brasileira
Era na certa o teu fato azul
E a pasta em tons de madeira
O Tó talvez queira te conhecer
Nunca falei mal de ti
A vida passa e era bom saber
Que estás em forma e feliz



E ouve-se ao fundo uma triste canção
De paz e amor






quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Aulas!

Olá!
Quero desde já pedir desculpas pela ausência, mas é que as aulas recomeçaram na segunda e tive um "pequeno" azar com o meu pc (caiu e partiu-se) e como costumo escrever de noite, não tenho nem pc nem net :\
E também porque é a primeira semana de aulas do segundo semestre, o que me faz ter pouco tempo para me dedicar aqui ao meu cantinho, uma vez que estas semanas são para aproveitar!
Por isso, prometo um post (minimamente) interessante no fim de semana, quando regressar à minha casinha (:
Continuação do que estavam a fazer e não deixem de visitar opiordiadoano  :D

have fun \o/

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Despedida.

E hoje falo de despedidas.
Porquê? Acho que num momento ou noutro da minha vida, esta foi marcada pelas despedidas e hoje lembrei-me disso.
Despedidas.
Trazem até nós um sem número de sentimentos (na maior parte das vezes maus) que nos deixam fora de nós e nos fazem viajar, ou melhor, que nos fazem vaguear.
No momento da despedida, em frente aos nossos olhos passa um filme, o filme de tudo o que passou e que muito provavelmente não voltará a passar, pois a despedida é isso mesmo, o arrancar de um pedacinho de coração que só é devolvido quando as pessoas se reencontram.
A despedida pode ter várias "fases", dependendo da duração e da importância da pessoa. Pode ser um "até já", o que teoricamente não custa muito, pode ser um "até mais logo", o que já nos toca mais, ou pode ser um "até nunca", que é como quem nos tira um bocado, ou muito mais que um bocado..
Mas penso que o que custa mesmo mais é quando é um "até já" mas que é tão doloroso como um "até nunca". E isto passa-se apenas com aquele pequeno número de pessoas que não têm um bocadinho de nós, mas sim aquelas nos têm nelas.
Confesso que por vezes em situações destas, em vez de um abraço sentido do tamanho do mundo, prefiro um "até já" seco, e quase sem sentimento visível, sendo talvez um "escudo" que ajuda, ou não, a atenuar o sofrimento causado.
Detesto despedidas.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

ObrigadoOoo!

  Pois bem, estes últimos dias foram muito diferentes daquilo a que estava habituado ultimamente, e ainda bem!
  Já precisava de uma escapadela aqui da terrinha onde não se passa nada de especial.
  Assim sendo fui passar uns dias ao Porto, mais especificamente a Gaia (ui, os problemas que esta espécie de comparação me pode trazer) onde pouco mais fiz a não ser passear.
  Desses dois dias e meio passados em Gaia, destaco o pique-nique no parque da cidade acompanhado por um pato (sim, um pato de verdade!) e o passeio + pôr do sol à beira mar em Espinho. Sem dúvida que gostava de passar muito mais tempo perto do mar...
 

  Outra parte destas "férias" foi o tão aguardado concerto dos Arctic Monkeys! =D
  Como seria de esperar, foi um concerto daqueles!
  Apesar da pouca interactividade do Alex com o público (como é hábito nele), consegue sempre dar uma boa festa e por toda a gente a saltar e a gritar.
  Foi possivel ouvir alguns temas antigos, bem como outros mais recentes. (Para ver a set list clicar aqui)
  Resumindo, foi um grande concerto, de uma grande banda e com um grande público!
  Só tenho pena de não terem tocado " A Certain Romance", mas mesmo assim foi muito muito muito bom!
  Por fim, aqui fica uma filmagem daquela que, para mim, foi uma das músicas da noite, que mistura um grande som com um jogo de luzes.. É qualquer coisa!   BrianStorm

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

ARCTIIIIIIIIIIIIC!

É com enorme agrado que amanhã vou poder assistir ao concerto da minha banda preferida e que espero esta oportunidade faz algum tempo!
Apesar de gostar mais dos álbuns antigos, estou a começar a gostar também do mais recente.
Vai ser sem dúvida o melhor concerto da minha vida.
Como tal as espectativas estão elevadas, por isso caros Arctic Monkeys, espero que não me desiludam (:


Aqui fica uma música que não é das mais conhecidas, mas que eu gosto muito " 505 " , podia escolher muitas outras, mas esta é a que escolhi para agora (de acordo com o meu estado de espírito)