but Heaven is where Hell is..

domingo, 13 de novembro de 2011

amo-te.

Já lá vai algum tempo e não sei muito bem como começar, muito menos neste registo.

Do que se trata é da celebração da uma vida, ou melhor, de duas vidas, que no fundo são uma.
Neste blog nunca falei do amor.
Melhor dizendo, neste blog sempre falei do amor, em cada texto, música ou foto ele estava presente, mas na sua vertente negra, ao contrário, como que inconscientemente.
Agora falo dele de frente, na sua vertente colorida e consciente.


Apesar de aqui se celebrar uma data, não é o tempo que está em questão mas sim a intensidade com que se vive. E essa meu bem, é grande em cada momento.
Sei que não sou a pessoa mais romântica do mundo (longe disso), mas é pelas pequenas coisas que EU me guio e TU aquela que me compreende assim na maioria das vezes, pois tu completas-me e preenches-me.
Sei que compreendes muitos dos meus pequenos gestos, algo tímidos, mas que para mim são um grande avanço nestas andanças do que é o amor puro.

Se me perguntarem qual a mais linda história de amor eu respondo sem hesitar: a NOSSA.
Eu sei, e tu sabes que assim é.
Sabes pequenina, a ausência cura.
Só assim se sabe o que realmente nos faz falta. Assim, como quem nos corrói por dentro e damos por nós a pensar naquilo que não temos, mas que nos faz tanta falta como respirar.
Só assim sentes na pele o que é deitares-te na cama, estares exausto e quereres dormir, mas o teu pensamento e a tua cabeça voam para aquele lugar onde não estás, para junto daquela que não tens e mata-te por dentro. Matam-te literalmente.
Só assim sabes quando bates mesmo no fundo, pois quando isso acontece é naquele abraço, naquele perfume, naquele olhar, naquelas palavras silenciosas que tu pensas e onde queres estar.
Só assim é que te via em tantas pessoas diferentes: via nelas gestos teus, expressões tuas, até mesmo o teu perfume.
Só assim se dá real valor àquilo que se tem, e quando se volta a ter sentes a tua vida a tomar um rumo e a ficar estável, dentro do possível.

Passado este tempo todo aqui estamos nós, a re-inventar a nossa história de novo e desta vez de uma maneira mais crescida e melhor que nunca!
E como muitas vezes o mais simples é o mais sentido, apenas tenho a dizer que te amo.
Escrevo assim, em letras minúsculas, pois aquilo que sinto nem em letras maiúsculas se consegue expressar e não quero de maneira alguma tentar expressá-lo através da escrita grande e bruta, pois apenas iria banalizar o sentimento.

"Amo-te.
Só te amo.
Amo-te só tanto.
Só te amo só tanto. "

<3

quinta-feira, 28 de julho de 2011

- Where are you ?
- Here.
- What time is it ?
- Now.
- What are you? 
- This moment.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Palavras

deitas-te e mal fechas os olhos vês aquilo que não queres. O teu cérebro bombardeia-te de imagens, memórias e sentidos. sim, sentidos, que os sentimentos esses já se foram há muito. Pelo menos os bons, aqueles que valem a pena sentir.
Enquanto és insuflado com esses pedaços de tanto, tentas abrir os olhos e levantar-te mas não consegues. E ali ficas, como que numa tortura daquilo que um dia foi teu e que agora te foge, por entre os teus dedos, se desvanece e é acolhido e apertado noutros dedos, mãos e braços que não os teus.
A tua testa começa a suar, os teus braços abertos e presos acabam nas mãos que agarram o lençol, também ele já molhado ao passar de cada imagem, o teu corpo treme e as pernas mexem-se invariavelmente e sem sentido.
Uma imagem, um cheiro um toque.
Tentas fechar os olhos com mais força e adormecer mas não consegues.
Um som, um abraço, um beijo.
sem dares conta as tuas mãos agarram a camisola molhada e puxam-na, até a sentires a romper de raiva.
Sentes-te como um drogado numa das piores ressacas que já tiveste e não encontras a tua droga preferida em lugar algum.
Mas LUTAS !
Uma luta só tua. Das que mais te custa, mas a que vai saber melhor quando ultrapassares, se ultrapassares.
Perdes a noção do tempo e não sabes quanto dele passou.
Quando estás quase a dar de ti, prendes-te àquilo por que vale a pena existir e, num último esforço, largas todo esse passado de memórias e abres os olhos.
Sentas-te.
Passas as mãos na cara, suada.
Olhas em volta e pensas no que aconteceu.
Apercebes-te de que não te lembras de nada, mas sentes-te mais leve, mais novo, com vontade de VIVER !
Levantas-te e vais tomar um banho.
Sacodes os demónios que te possuíam à tanto e tanto tempo, vestes aquela roupa nova que nunca chegaste a estrear e sais:
Sais do quarto, sais de casa, sais do teu velho EU e constróis novas amizades, novos amores, novos colegas, novos sítios, novas aventuras. Fazes merda, limpas essa merda. Sentes-te mal com as tuas atitudes, mas cresces e não voltas a repetir velhos erros.
Olhas para trás e vês que aquele tempo todo que passaste fechado no quarto simplesmente não valeu a pena e que apenas foi tempo perdido. Tempo esse que tentas recuperar agora,
agora que VIVES !

"Estás entre a vida e a morte, tal como o fogo e a água
 dentro de ti contrasta a paz, a guerra o amor e a mágoa.
 olha p'ra dentro e diz-me o que vês..
 agora olha à tua volta... Nasce outra vez!"

terça-feira, 7 de junho de 2011

Fim de tarde

"São quatro da tarde e o sol brilha. ALTO. quente. cheio.
Angus e Kate fazem o caminho de mãos dadas enquanto enterram os pés na areia, também ela quente e cheia.
Sentam-se numa rocha à beira mar e observam o que o mundo lhes dá.
Enquanto se desfazem dos acessórios, uma rajada de vento passa por eles, forte e destemida, como que a dizer que estão a invadir um espaço só seu. Mas que deixou de o ser.
Deixou de o ser no exacto momento em que as mãos se entrelaçam e os lábios se tocam, enquanto os olhos fechados trazem em si a imagem de momentos antigos que agora se tornam presentes.
O sol cheio brilha na água, carregada de pequenas ondas que apesar de agitadas a única coisa que trazem é calma. A calma necessária de um fim de tarde junto ao mar, embalado pelo calor e pelo aconchego, suavizado pela leve brisa que sopra, resignada, e cede aquele seu lugar, abanando os cabelos num misto de calma e rebeldia tão característicos.
O vento resignado, vingativo por não pertencer mais ao seu lugar, leva o tempo consigo e o relógio adianta-se mais que o esperado.
 De regresso a casa, Angus e Kate despedem.se com um abraço tão profundo que os faz querer voltar ao que têm e que só a eles pertence. "

domingo, 5 de junho de 2011


"And there's gold falling from the ceiling of this
world
Falling from the hearbeat of this girl 
Falling from my heart"



sábado, 14 de maio de 2011

sonhos de preto

não, não podíamos.
não assim.
Tristeza.
Sinto o peso de um ano de trabalho desabar sobre o meu corpo.
Desilusão.
Estou cansado. Mesmo cansado.
É irónico, no dia de aniversário a frase mais ouvida é "que todos os teus sonhos e desejos se realizem", mas é exactamente nesse mesmo dia que o maior sonho, aquilo a que me tenho agarrado tanto ultimamente, cai por terra.
A vida é assim, fodida.
Há que seguir em frente, mas não sei se hoje ainda tenho essa força.
Escrevo para soltar algum desse peso, e tentar sair de casa, porque afinal hoje faço anos..
                                                                    ...e que rica prenda.

terça-feira, 26 de abril de 2011

uma história sem sujeito

O brilho dos olhos.

"(...) como de costume, chega mais tarde do que deveria, mas chega. Estaciona apressadamente, sai do carro e olha disfarçadamente para ver com o que conta. 
Segue para um abrigo não tão abrigado do vento como podia parecer, mas mesmo assim senta-se, do lado do vento, para não o deixar fugir para outro lado que não o seu. 
e ali fica, a dar e a receber mais um pouco de si.
as nuvens cinzentas lá longe fazem-se acompanhar de uma brisa fresca, que apenas serve para aconchegar e limpar a alma de toda a sujidade que fica esquecida por momentos, enquanto é levada e lavada por essa mesma brisa.
mais rápido do que seria de esperar, as gotas de água caem, ainda que a medo, e fazem-se sentir. Nas rochas, na água, na copa verde das árvores, em todo o lado. 
Coloca o carapuço do seu casaco velho para evitar molhar o seu cabelo seco e despenteado. Passa a mão por cima da cabeça tapada e apercebe-se que não tem nem uma pinga, apesar de continuar a chover.
Chove em todo o lado menos naquele metro quadrado de vida.
Entre o tempo que vai desde que se apercebe até que estranha esse fenómeno, a chuva começa a cair com mais força e aí sim, chove em todo o lado. 
Levanta-se e vai-se sentar numa mesa coberta por um pequeno telhado.
Senta-se em cima da mesa ao mesmo tempo que põe os pés sujos de lama em cima do banco de mármore também ele sujo, pelo tempo.
E repara na água a cair na água.
Enquanto a água que cai do céu toca água que está parada, esta brilha.
Sim, brilha mesmo.
um brilho natural, provocado pela conjugação da água que cai, da que se levanta, do sol escondido atrás das nuvens, da luz fraca e dos seus olhos, que também brilham. 
e ali fica, a ver o brilho da água e a absorver a simplicidade dos momentos que se vivem. "

Tristan La Cienega

segunda-feira, 25 de abril de 2011

enquanto houver estrada para andar..

no seguimento do post anterior apareceu-me esta música que em algumas partes traduz melhor aquilo que eu não consegui dizer por palavras.



"que a liberdade é uma maluca que sabe quanto vale um beijo.."

25 de Abril

Hoje comemora-se a liberdade.
liberdade !
Assunto que tanta controvérsia (me) traz e assim continuará.


há quem diga que a liberdade é boa, há quem diga que é má.
a verdade é que não há nem pode haver quem garanta qual das duas partes é que está certa. Por isso resta escolher uma delas, agarrar-se com maior ou menor dificuldade e seguir, com todas as consequências que isso possa trazer.
Porque acima de tudo, hoje comemora-se Abril !




sexta-feira, 22 de abril de 2011


"Hello. Don't be scared. I want you to know, you're not dead."